Depois de viajar anos luz pelas mais diversas galáxias, ele resolve parar
em um pequeno planeta azul.
Em busca de dados sobre os hábitos dos moradores deste lugar exótico, ele
viaja pelos quantos cantos do planeta. Conhece lugares, pessoas, e as mais
diversas culturas e costumes.
Chega ao Brasil em fevereiro. A festa rola solta, afinal é carnaval. No
Rio ele se apaixona. Pelo povo. Pelo país. Pelas mulheres. Pelo carnaval. Desfila
nas escolas de samba, participa de blocos populares.
No Rio, ele conhece o amor. Ao vê-la toda linda, ele se apaixona loucamente,
perdidamente. Sente algo que nunca sentira em toda a sua vida. Após viajar por
quase todas as galáxias existentes, por quase todos os planetas com vida,
encontra, num longínquo e minúsculo planeta azul, o amor.
Cinco dias. Cinco dos melhores dias da sua vida.
Viva o carnaval – gritava ele – Viva o amor.
Então chega a quarta feira de cinzas. E tudo se transforma. Tudo se
transforma em pó. Em cinzas. Seus
planos. Seus sonhos. Sua vida.
Na quarta feira de cinza, acaba o carnaval. Acaba o amor. Acaba sua linda
estória de amor.
Aos pés do Cristo Redentor, tendo toda a beleza da cidade aos seus pés, a
decepção. De repente, o amor da sua vida. O amor a tanto procurado e agora
encontrado pelo ilustre visitante, olha para ele e diz:
- Querido, o carnaval já acabou. Será que não esta na hora de você tirar
esta fantasia, não... Cá entre nós, ela é ridícula... Horrível...
Marc Souza
Desilusão... nem tudo acaba em samba, mesmo quando é carnaval. Boa leitura, Marc! Parabéns pelo texto.
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