terça-feira, 2 de agosto de 2016

Brasileiro de 6 anos lança livro bilíngue e tenta vaga no Guinness Records


Rodrigo Casarin

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Três crianças deixam a Terra e viajam em um foguete feito de material reciclável pelo Sistema Solar. Passam pela Lua e por diversos outros planetas, onde vivem aventuras e superam algumas adversidades que fazem refletir sobre a importância de se cuidar do lugar onde vivemos. O enredo de “No Mundo da Lua e dos Planetas” até que é bastante comum para um livro infantil, mas o que surpreende é saber que a obra foi escrita por um garoto de apenas seis anos, João Paulo Guerra Barrera, e em duas versões: inglês e português.
mundo da lua“Assistia desenhos no Youtube sobre os planetas e queria usar a imaginação para criar a minha história”, diz o garoto sobre a decisão de escrever seu primeiro livro. E por que fazê-lo em duas línguas? “Porque tem crianças que falam português e não falam inglês e tem crianças que falam inglês e não falam português, e eu falo os dois”, explica – ter morado com a família nos Estados Unidos entre 2014 e 2015 sem dúvidas o ajudou a lidar com o idioma estrangeiro. Para João Paulo, o mais difícil na empreitada foi passar o que estava em sua cabeça literalmente para o papel. “Então meu pai me ensinou a escrever no computador para ficar mais rápido”, conta ele que, ao todo, demorou cerca de 60 dias para concluir o trabalho.
A ideia do foguete feito de material reciclável veio depois de uma aula que teve sobre o assunto. O menino estuda na escola Santa Amália Maple Bear, localizada no Tatuapé, em São Paulo, que avalia incluir “No Mundo da Lua e dos Planetas” na relação de leituras obrigatórias para os alunos da faixa-etária de João Paulo em 2017.
IMG-20160728-WA0007Para escrever, evidentemente, o pequeno autor também já estava habituado a ler. Dentre seus livros favoritos, destaca dois: “Divertida Mente”, baseado no filme homônimo, e “O Incrível Menino Devorador de Livros”, de Oliver Jeffers. “O menino comia os livros para ficar mais inteligente, mas ele passou mal, vomitou e fez coisas erradas. Então ele deixou de comer e passou a só ler os livros, ficou mais inteligente e se transformou no incrível menino devorador de brócolis”, comenta sobre o segundo título.
Guinness e lançamentos
Por conta da idade de João Paulo, seus pais, Margarida e Ricardo, tentam colocar o garoto no Guinness, o livro dos recordes, como o mais jovem escritor a publicar uma obra bilingue, categoria até então inexistente. Dentre os autores prodígios que integram a lista de grandes feitos estão a estadunidense Dorothy Straight, a garota mais nova a publicar um livro, aos quatro anos (recorde de 1964), e o brasileiro Adauto Kovalski da Silva, o garoto mais novo a lançar uma obra, com cinco anos (“Aprender É Fácil”, no caso, que lhe valeu o posto em 2015).
IMG-20160728-WA0006Enquanto esperam pelo resultado, os pais também organizam alguns lançamentos do livro de João Paulo – a edição de 1000 exemplares feita pela editora Book Express, com ilustrações de Jota Cabral, foi bancada pelos próprios progenitores. O primeiro deve acontecer no dia 21 de agosto, no parque Kidzania, no Shopping Eldorado, em São Paulo, a partir das 12h30. Eventos por livrarias, bienais e na escola do garoto também estão previstos – a agenda de eventos pode ser encontrada no site do pequeno escritor.
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Para que não volte mais: novos romances retratam ditadura militar no Brasil


Rodrigo Casarin

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Escrever para lançar um novo olhar sobre um importante período histórico brasileiro, acrescentando novos recortes e informações. Escrever para expurgar as lembranças mais horríveis. Escrever para que aquele terror nunca mais volte. São esses alguns dos motivos que levam escritores a trabalharem em romances sobre a época da ditadura civil-militar no país, e três novos títulos sobre o assunto chegaram recentemente ao mercado: “Depois da Rua Tutoia”, de Eduardo Reina, “Cabo de Guerra”, de Ivone Benedetti, e “Os Visitantes”, de Bernardo Kucinski.
Publicado pela 11 Editora, “Depois da Rua Tutoia” retrata o sequestro de bebês feitos por agentes da ditadura em São Paulo. Na obra, militares roubam a filha que uma militante dá à luz – ou às trevas – enquanto está presa no DOI-Codi, ação que, evidentemente, traz desdobramentos para a vida da mãe e da criança. “Um país precisa ter sua verdadeira história redescoberta, contada e recontada sobre todos os pontos de vista. Um país sem história, ou só com uma versão da história é pobre”, diz Reina sobre a importância de escrever uma obra que resgate esse tipo de acontecimento.
Com a ressalva de que seu livro não é “sobre a ditadura, mas é uma história de gente que viveu ou poderia ter vivido aquela época”, Ivone, por sua vez, crê que as pessoas precisam dedicar mais tempo a pensar o Brasil. “Cabo de Guerra”, publicado pela Boitempo, traz um “cachorro”, como eram chamados os agentes duplos, pessoas que traíam os movimentos de resistência e se colocavam a serviço dos repressores. Quarenta anos depois, o personagem precisa olhar para sua história e avaliar como suas decisões impactaram na sua própria trajetória e na de terceiros.
“No momento atual, falar sobre a ditadura de 1964, sob qualquer ângulo, é importante para se dimensionar a fragilidade de nossas instituições, a perene instabilidade de nossos mecanismos democráticos. Porque naquela época como agora, nossa deficiente democracia (que é melhor do que qualquer competente ditadura) só sobrevive enquanto interessar às nossas oligarquias”, ressalta a autora.
Kucinski, por sua vez, faz uma espécie de autoconfronto em “Os Visitantes”, lançado pela Companhia das Letras. Suas ficções anteriores, “K: Relato de uma Busca” e “Você Vai Voltar Pra Mim”, estão entre as melhores obras a retratarem o período no qual o Brasil ficou nas mãos de militares. Baseando-se em muitos casos reais e utilizando o nome verdadeiro de certos personagens, o autor foi bastante cobrado por expor e perturbar pessoas alheias a seu trabalho, que preferiam deixar o que aconteceu relegado ao passado. Reflexões sobre essas queixas e a maneira de se retratar a ditadura no país que norteiam “Os Visitantes”.
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Eduardo Reina.
Documentário sobre o sequestro de bebês
Também jornalista, a ideia inicial de Reina ao escrever “Depois da Rua Tutoia” era construir um livro-reportagem sobre o sequestro de bebês por militares ao longo da ditadura. No entanto, conforme as pesquisas avançaram, percebeu que era melhor se basear em episódios reais para arquitetar um romance. “Faltam documentos e provas para sustentar as histórias. Uma pesquisa sobre esse tema cria uma enorme colcha de retalhos, um grande quebra-cabeça, onde faltam exatamente alguns documentos primordiais. Ficam buracos. Por isso optei pela ficção”, conta.
Dessa forma, “Depois da Rua Tutoia” tem capítulos baseados na vida do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que quando vivia em Mauá desenvolveu uma célula da Ação Popular para conscientizar trabalhadores e lutar contra a ditadura, exemplifica o autor. Relatos de presos políticos obtidos a partir de entrevistas e documentos, histórias de conhecidos e experiências vividas pelo próprio Reina também ajudam a compor a obra.
Em meia a tudo isso, claro, casos de bebês sequestrados por militares. “Um deles é de uma empresária que hoje mora no Rio de Janeiro. É filha de um guerrilheiro do Araguaia. Ela descobriu tudo após seus pais adotivos terem morrido. Ela viu uma foto num jornal e se achou muito semelhante com a pessoa, uma filha do guerrilheiro. Foi atrás, fez exame de DNA e descobriu tudo. Por conta própria”.
Agora, com o livro publicado, Reina pretende ampliar as pesquisas sobre o assunto e produzir um documentário a respeito do sequestro de bebês durante a ditadura. “Desde o lançamento do livo já recebi algumas informações que não eram do meu conhecimento. Elas possibilitarão a ampliação do assunto e o filme”, relata.
Ivone Benedetti.
Ivone Benedetti.
Ameaça hoje?
Ivone lembra que a ditadura no país foi uma entre 1964 e 1968 e outra após este ano, quando o AI-5 foi assinado e a repressão se tornou ainda mais violenta. Para ela, o clima do primeiro período era parcialmente semelhante ao de hoje. “Sem dúvida, as acusações de corrupção e incompetência para desestabilizar o governo eram praticamente idênticas. O esforço de desestabilização era fomentado por grupos civis (da indústria e das finanças) que vinham se organizando desde muitos anos. O apoio das classes médias, então como agora, foi obtido com intensa propaganda nos meios de comunicação e com a forte participação dos setores mais conservadores da Igreja [Católica]. Nesse aspecto, a única novidade é que, em vez da Igreja, atuam hoje os setores evangélicos retrógrados”.
No entanto, a autora destaca que cada momento também tem suas próprias particularidades. No passado, por exemplo, havia o pavor do avanço comunista (“que hoje não existe, pelo menos entre as pessoas equilibradas”, ressalta) e o apoio ostensivo das Forças Armadas, que por ora se mantém em seus quartéis. Já nos dias de hoje, “o que há de peculiar é a utilização de meios aparentemente legais para derrubar o governo, o que não é possível sem a ativa participação do poder judiciário”.
Voltando a Reina, para ele hoje vivemos uma espécie de sequência do que se passou há algumas décadas. “Os mesmos empresários, algumas das cabeças que possibilitaram a criação do aparelho repressor daquela época, aqueles que passavam o chapéu para angariar fundos para fazer rodar a máquina repressora ainda estão aí, dando as cartas na política e na economia. Não é uma repetição. É uma continuidade”.

CRÔNICA - Em vem aí, as OlímPiadas 2016



Está chegando! Está chegando!
Sexta-feira será realizada a cerimônia de abertura das OlimPiadas Rio 2016. Mas, algumas provas já começaram.
As provas de:
Quebra de plataforma; Pane Elétrica na Vila Olímpica e Assalto à emissora de TV já estão bombando.

Logo, as provas de:
Arrastão; Assalto à Mão Armada; Encontre a Bala Perdida; Tiro ao Turista; Bate Carteira; e; Contaminação na Baía de Guanabara começarão, e tem tudo para ser um sucesso.

A prova de Pegue a Zica, por enquanto, ainda não tem competidores inscritos. Por enquanto, por enquanto...

Diante de tantas provas inéditas e inusitadas as OlimPiadas Rio 2016 tem tudo para entrar para a história. Uma OlimPiada digna de DVD da trupe Porta dos Fundos, ou dos melhores momentos dos Trapalhões.

Só falta a abertura ser comandada pelo Fábio Porchat ou Renato Aragão. Aí, sim! Viva o Brasil! Viva as OlimPiadas!
A abertura pode não ter Fábio Porchat e Renato Aragão apresentando, mas, os shows de Tiaguinho, Anitta, Ludmilla, Wesley Safadão, promete. E promete muito.

Só de pensar que os Rolling Stones, Eric Clapton, New Order já fizeram show na abertura da Olimpíada já dá vontade de chorar.


Marc Souza

TRAILER DO FILME BEN HUR


Santoro se emociona ao falar de crucificação em "Ben-Hur": "Foi fortíssimo"

Rodrigo Santoro diz que viver Jesus Cristo na nova versão de "Ben-Hur", que estreia no dia 18 de agosto, foi uma experiência mais que profissional, mas também espiritual. Em entrevista realizada nesta terça (2) em um hotel em São Paulo, o ator falou sobre as insegurança ao receber o convite para estrelar o longa, que é protagonizado por Jack Huston.
"A figura de Jesus tem força icônica e mística. Eu fui uma dessas pessoas que cresceu ouvindo as histórias sobre ele. Faz parte do meu imaginário", disse Santoro.
"Quando eu recebi o convite para fazer o filme, senti muitas coisas como receio, fascínio, mas no dia seguinte que o aprendizado ia ser maior que o desafio."
O brasileiro falou ainda sobre a dificuldade de gravar a cena da crucificação de Cristo. O frio castigava e era "desesperador".
Divulgação
Passagem de "Ben-Hur" em que Jesus (Rodrigo Santoro) é crucificado
"Havia nevado na noite anterior. Depois passei seis horas na maquiagem. Pedi para fazer um take longo porque ia ser muito sofrido ter que sair dali, me esquentar e congelar de novo. A experiência de ser crucificado é fortíssima."

Ao lembrar do calvário do personagem, Santoro se emocionou e fez piada. "Certeza que vocês vão escrever 'ator se emociona durante coletiva'. Venho de família italiana. Sou emotivo", brincou.

Na pele de Ben-Hur, Jack Huston, também presente na coletiva de imprensa, confirmou que as filmagens foram extremamente realistas. Na icônica passagem da corrida de bigas, ele disse que tinha de se lembrar em atuar.
"Foram mais de três meses de preparação. E a cena da corrida contou com 32 cavalos na pista. Foi assustador e real, mas no fim é ótima a sensação de estar tão presente em algo", lembrou Huston, que vive o príncipe Judah no longa.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mesmo com o menor orçamento dos útlimos anos, encontro reúne grandes nomes do cenário nacional e internacional

Depois de Clarice Lispector, até então a única mulher homenageada pela Flip, chegou a vez da poeta Ana Cristina Cesar (1952-83) ser celebrada na maior festa literária do Brasil. A carioca considerada uma das principais figuras da Poesia Marginal marcou sua geração por uma escrita que revela elementos do cotidiano e de sua intimidade.


Poeta Ana Cristina Cesar é a grande homenageada da Flip 2016
Divulgação
Poeta Ana Cristina Cesar é a grande homenageada da Flip 2016


Além de Ana C., as mulheres vêm com tudo nesta edição. O palco principal contará com mais de 40% de vozes femininas, número nunca antes atingido. E diferente do ano passado, marcado por desfalques na programação, o tradicional evento no sul do Rio de Janeiro, que tem início nesta quarta-feira (29) e vai até domingo (3), promete ser bastante concorrido e bem-sucedido.

Ana Cristina Cesar
Reprodução/Tumblr
Ana Cristina Cesar

Apesar da crise econômica e orçamento de R$ 6,8 milhões, o menor dos últimos seis anos, o encontro reúne grandes autores do cenário nacional e internacional.
Entre as estrelas da 14ª Festa Literária Internacional de Paraty estão nomes como a jornalista bielorrussa e prêmio Nobel de Literatura 2015, Svetlana Aleksiévitch, o escocês Irvine Welsh, conhecido pelo best-seller "Transpotting", e a sensação norueguesa Karl Ove Knausgård, autor da polêmica série "Minha luta".
Já o jornalista Caco Barcellos, criador do Profissão Repórter, da Globo, e autor de obras como “Rota 66” e “O abusado”, irá dividir a mesa “Os olhos da rua” com o jornalista britânico Misha Glenny, autor de “McMáfia”.
Em parceira com o Clube de Autores, o iG realizará a cobertura da maratona, trazendo os melhores debates e exclusivas com medalhões da literatura. Fundado em 2009, o Clube de Autores é a maior plataforma de autopublicação da América Latina. A startup é referência no incentivo da produção literária brasileira, já que permite aos autores independentes publicarem suas obras sem tiragem mínima – sob demanda – e sem nenhum custo. Atualmente, cerca de 10% dos livros publicados no Brasil chegam às livrarias com o apoio do Clube de Autores.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Veja cenas de SUPERMAX a nova série da Rede Globo


Elenco de "Supermax" foi isolado em 'presídio' longe do glamour do Projac

  • Giselle de Almeida/UOL
    O presídio de "Supermax" tem 12 celas e uma área comum no térreo e um refeitório e sala de TV no segundo andar
    O presídio de "Supermax" tem 12 celas e uma área comum no térreo e um refeitório e sala de TV no segundo andar
Na ficção, sete homens e cinco mulheres ficam confinados em um presídio de segurança máxima na disputa por um prêmio de R$ 2 milhões. Na vida real, o elenco de "Supermax", nova série da Globo, experimentou um certo isolamento dos próprios colegas de emissora. Foi num cenário de dois andares e 800 metros quadrados construído numa parte distante da cidade cenográfica dos Estúdios Globo, no Rio que Mariana Ximenes, Erom Cordeiro e demais atores gravaram parte de suas cenas.
Construído sob uma tenda de 11 metros de altura, o presídio tem 12 celas e uma área comum no térreo e um refeitório e sala de TV no segundo andar.
"Esse é um ambiente quase claustrofóbico. Quisemos que ficasse nos fundos do Projac porque a ideia é que não houvesse essa mistura com o glamour daqui. Procuramos criar esse isolamento. Foi muito importante essa convivência", afirmou o diretor José Alvarenga Jr., um dos criadores da atração ao lado dos roteiristas Fernando Bonassi e Marçal Aquino.
Paulo Belotte/Globo
Construído no Projac, presídio tem 11 metros de altura
Desta vez, o trio responsável por "Força Tarefa" e "O Caçador" aposta numa série "transgênero", com estreia prevista para outubro. "É um cruzamento de gêneros. Tem um thriller policial forte, horror, suspense, romance, uma parte investigativa. Todos em função dessa aventura", afirma o diretor.
Final alternativo
A trama de "Supermax" é cercada de tanto segredo que os criadores optaram por gravar um final alternativo caso o desfecho seja vazado antes da hora. Segundo Alvarenga, estão previstos 12 episódios (além de uma versão internacional, já em produção, mirando no público latino).
Renato Rocha Miranda/Globo
Erom Cordeiro é Sérgio, um dos sete homens confinados num presídio na série da Globo
"A gente pensou na série assim, talvez por um defeito nosso, por ansiedade de criar outra coisa depois. Acho que é um modelo de negócio errado. Quando começou a produção internacional já pediram sinopse da segunda e da terceira temporada", disse o diretor, afirmando que a versão original tem uma pegada mais sobrenatural que a hispânica, ambientada na Patagônia e mais centrada no drama.
O diretor, no entanto, não descarta uma renovação do produto caso conquiste o público.
"A função da TV é formar público. Série repercute nas mídias sociais, acaba virando o assunto da semana", afirmou.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Quem será o próximo vilão que vamos amar odiar em "Game of Thrones"?

"Game of Thrones" deu adeus ao seu vilão mais sádico no último domingo (19), quando Ramsay Bolton (Iwan Rheon) foi devorado por seus cachorros após ser derrotado na Batalha dos Bastardos e apanhar muito de Jon Snow (Kit Harington). A morte foi muito comemorada por fãs da série nas redes sociais, mas deixou um vazio na trama – afinal, não há mais um vilão que o público ame odiar.
Quem será que vai assumir o posto que foi de Ramsay e do reizinho mimado Joffrey (Jack Gleeson) nas próximas temporadas da série? UOL analisa os mais fortes candidatos.
Euron Greyjoy (Pilou Asbæk)
Divulgação/HBO
O tio de Yara (Gemma Whelan) e Theon (Alfie Allen) apareceu pouco na sexta temporada de "Game of Thrones", mas já deu indícios do que é capaz. Sem cerimônia, ele matou o irmão Balon, então rei das Ilhas de Ferro, e, depois de ter sido aclamado para o cargo, foi atrás dos sobrinhos com a intenção de assassiná-los.
E se "Winds of Winter", próximo livro da saga "As Crônicas de Gelo e Fogo", for referência, podemos esperar ainda mais maldades de Euron. Em um capítulo divulgado pelo autor George R. R. Martin, o personagem admite ter abusado sexualmente dos irmãos mais novos (que ainda não apareceram na série) e corta a língua da amante grávida antes de amarrá-la à proa de seu navio.
Parece um bom candidato ao posto de vilão, ainda mais se considerarmos que ele está em busca de Daenerys (Emilia Clarke), que está com Yara e Theon, e deve encontrá-la nas próximas temporadas da série.
Mindinho (Aidan Gillen)
Divulgação
Petyr Baelish é um homem perigoso. Grande articulador dos bastidores de Westeros, ele muda de lado conforme sua conveniência – e não é possível esquecer que ele está por trás do evento que abriu as portas para a situação caótica dos Sete Reinos: o assassinato de Jon Arryn, mão do rei Robert Baratheon.
Após ser confrontado por Sansa na atual temporada, ele pareceu arrependido de ter arranjado o casamento dela com Ramsay Bolton. Mas o trailer do próximo episódio dá a entender que ele cobrará um preço por sua colaboração na Batalha dos Bastardos – e coisa boa provavelmente não é.
Vale lembrar ainda que Mindinho tem grande influência sobre o jovem Lorde Robyn Arryn, e pode induzi-lo a tomar decisões bem problemáticas com seu exército.
Os Caminhantes Brancos
Reprodução/HBO
Estabelecidos como a grande ameaça aos Sete Reinos desde o início de "Game of Thrones", os Outros ainda não ocuparam um papel central na trama, mas é bem provável que a situação mude no final desta temporada e ao longo das próximas, já que o Rei da Noite deixou uma marca em Bran (Isaac Hempstead-Wright), forte o suficiente para quebrar certos tipos de magia, e o está perseguindo.
O único problema é que, até o momento, os Caminhantes Brancos não mostraram ter uma grande motivação por trás de sua jornada rumo ao sul, o que os tornaria mais interessantes de se acompanhar. Mas pode ser que algum flahsback do jovem Stark mude isso. 

segunda-feira, 20 de junho de 2016

"Game of Thrones" tem sua maior cena de ação com a Batalha dos Bastardos

  • Divulgação/HBO
    Cena da Batalha dos Bastardos, em "Game of Thrones"
    Cena da Batalha dos Bastardos, em "Game of Thrones"
ALERTA: O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DA SEXTA TEMPORADA DE "GAME OF THRONES". 
"Game of Thrones" brindou os fãs com sua maior e mais épica batalha – até o momento – no episódio deste domingo (19). Aguardada com grandes expectativas pelos fãs, a Batalha dos Bastardos trouxe o confronto entre Jon Snow (Kit Harington) e Ramsay Bolton (Iwan Rheon), em uma sequência de ação de tirar o fôlego.
O episódio culminou na vitória do herói Jon Snow – que não foi fácil. O ex-comandante da Patrulha da Noite tinha sob seu comando apenas 2.405 homens, enquanto seu rival tinha 6 mil. E a estratégia que havia traçado ao lado do experiente Davos Seaworth foi deixada de lado após mais um golpe baixo de Ramsay, que soltou o Stark caçula Rickon no campo de batalha, só para matá-lo quando ele finalmente se aproximava de Jon.
Após o assassinato do irmão, Jon avançou solitariamente em direção ao exército de Ramsay – e foi prontamente seguido por seus homens, dando início a uma sequência sangrenta que envolveu arqueiros, cavalos e combates frenéticos com espada. Em desvantagem, o exército de Jon acabou cercado pelos soldados de Ramsay, e o Stark quase foi soterrado em meio a corpos e colegas de batalha, em cenas aflitivas filmadas a partir da perspectiva dele.
 O resgate, porém, chegou a tempo – e a cavalo. Os soldados do Vale, que Sansa (Sophie Turner) havia convocado por meio de uma carta para Mindinho, apareceram e acabaram com o que ainda havia do exército de Ramsay. O vilão bateu em retirada para Winterfell, mas foi seguido por Jon, que conseguiu entrar no castelo após Wun-Wun derrubar a porta. Ferido gravemente, o gigante foi morto com uma flecha no olho por Ramsay. Com uma raiva ainda maior, Jon partiu para cima do rival, que atirou várias flechas para tentar se defender, mas acabou apanhando até ficar desacordado e ensanguentado.
O ponto final na vida do vilão, responsável por algumas das maiores atrocidades da série, veio por meio de Sansa. Ela, que se casou com Ramsay e foi repetidamente estuprada por ele, o deixou preso no canil cheio de cães famintos  e não escondeu sua satisfação com o desfecho – que foi aprovado inclusive pelo ator Iwan Rheon.
Filmagens épicas
A Batalha dos Bastardos foi épica também em suas filmagens, que envolveram 600 membros da equipe, 500 figurantes, 70 cavalos e 25 dublês – tudo isso para um trabalho que levou 25 dias para ser feito.
A direção do episódio ficou a cargo de Miguel Sapochnik, que falou sobre o desafio de lidar com esse tipo de gravação à revista "Entertainment Weekly": "A logística de fazer uma cena de batalha deste tamanho foi como uma batalha de verdade, menos a questão de vida ou morte. Por exemplo: o número de dias para filmar, onde filmamos. O que acontece se chover? Como você alimenta 600 pessoas todos os dias? Não me leve a mal, eu pessoalmente não tenho que decidir isso. Mas as decisões criativas que eu faço são muito influenciadas por questões práticas".
"Encontrar uma forma de encaixar e organizar tudo de forma que usaríamos cada minuto bem  para colocar tudo o que tínhamos no nosso tempo foi a coisa logisticamente mais complicada com a qual já estive envolvido", completou.

4 razões pelas quais ninguém ficou triste com o fim de Ramsay em "GoT"

ALERTA: O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DA SEXTA TEMPORADA DE "GAME OF THRONES"
Dê uma rápida olhada no cemitério online de "Game of Thrones" – sim, isso existe e os fãs levam a sério – e repare que pouquíssimas pessoas estão tristes com o desfecho trágico reservado ao bastardo Ramsay Bolton (Iwan Rheon) no episódio da série que foi ao ar no último domingo (20).
Bolton, que virou comida dos próprios cachorros assassinos depois de perder a Batalha dos Bastardos para Jon Snow (Kit Harington), tem pouco mais que 600 flores em seu túmulo. Só para comparar, o personagem Hodor (Kristian Nairn), uma das mortes mais sentidas desta temporada, recebeu mais de 47 mil lamentações em sua sepultura.
"Todos os homens devem morrer", diz um ditado famoso em "Game of Thrones", Ramsay Bolton com certeza merece um pouco mais do que outros. Relembre os motivos.

As maiores maldades de Ramsay

Reprodução/HBO
Reprodução/HBO

A castração de Theon Greyjoy

Theon Greyjoy (Alfie Owen-Allen) não era exatamente um personagem querido dos fãs quando Ramsay Bolton entrou em seu caminho, mas nem por isso ele merecia ter sofrido tanto. Capturado em Winterfell, ele foi torturado pelo bastardo e chegou a ser castrado. Posteriormente, seu membro decepado foi enviado em uma caixa para o pai de Theon. Depois disso, ele recebeu o apelido de Fedor e precisou viver servindo os caprichos e manias estranhas do Lorde Bolton.
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O estupro de Sansa Stark

Obrigada a se casar com Bolton, Sansa (Sophie Turner) teve a pior noite de núpcias dos Sete Reinos. Virgem, ela precisou se despir na frente de Theon, seu irmão de criação. "Você conhece Sansa desde que ela era uma menina, agora você vai assisti-la virar uma mulher", declarou Bolton na cena que ainda teve muita violência.
Reprodução/HBO
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A morte do irmão recém-nascido

Ramsay Bolton usou seu passatempo sádico preferido para dar fim ao irmão recém-nascido, sua maior ameaça à sucessão do trono da Casa Bolton. Depois de esfaquear o próprio pai, ele soltou sua matilha faminta sobre Walda (Elizabeth Webster) e o irmão. Ele não cedeu nem às súplicas da madrasta que prometeu ir embora de Winterfell e deixa-lo como herdeiro. "Eu prefiro ser filho único", disse ele ao observar a carnificina.
Divulgação/HBO
Divulgação/HBO

A morte de Rickon Stark

Ninguém esperava que Ramsay fosse usar uma estratégia justa para lutar na Batalha dos Bastardos, mas o plano que acabou com a morte do caçula dos Stark superou expectativas. Para provocar Jon Snow, Bolton resolveu soltar Rickon (Art Parkinson) no campo de batalha. Quando o jovem começou a correr, ele passou a atirar flechas até acertá-lo, o que desestabilizou Jon Snow e o fez partir para o ataque sozinho.