quinta-feira, 17 de setembro de 2015

UMA IMPORTANTE PERGUNTA



Desde quando o mundo é mundo, existem, três perguntas que permeiam a imaginação de pensadores e estudiosos.  Perguntas que norteiam pensamentos, teses, estudos:
Afinal, quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Confesso que já me peguei pensando sobre estas perguntas, no entanto, não tenho idéia de qual seja a resposta correta (se é que há uma). Confesso também, que há muito, desisti de entender ou buscar estas respostas.
Mas, hoje, há uma pergunta que me aflige. Uma pergunta que, vez ou outra permeia os meus pensamentos, e, até me incomoda: No que estamos nos transformando? Ou melhor, em que estamos nos transformando?
Não da para negar que o ser humano esta se desumanizando (se é que existe tal palavra). A cada dia que passa esta ficando mais insensível, frio, distante. Principalmente no que diz respeito aos seus relacionamentos pessoais, e por que não, seus sentimentos para com outro ser humano.
Com o advento da internet, aos poucos as distancias foram se encurtando, logo podíamos conversar com as pessoas que estavam no outro lado do mundo em tempo real. Como se ela estivesse do nosso lado. A distância transformou-se em um clique.
Que bom! Maravilha! A internet, criou o primeiro remédio contra a saudade.
Então, vieram os telefones com máquinas fotográficas e internet, e, os tão revolucionários smathphones. Em segundos poderíamos nos comunicar com as pessoas amadas, e que é melhor, poderíamos compartilhar dos nossos momentos felizes, com eles, mesmo estando longe, através do compartilhamento de fotos, de vídeos, de mensagens de voz. Benditas redes sociais! Bendito facebook, whatzzapp, dentre outros.
Benditas redes sociais?
Com a internet, houve uma revolução no comportamento humano. Os relacionamentos começaram há, cada vez mais, se transformarem em virtuais. Nasceram personagens. Pessoas tímidas dobraram, triplicaram, quadruplicaram suas amizades. As conversas que para elas eram difíceis, dolorosas, ficaram mais amenas atrás das telas dos computadores. De repente eram populares.
Com a internet, e principalmente, as redes sociais, o mundo mudou, se transformou. Os relacionamentos aumentaram. As trocas de idéias. Os compartilhamentos de sentimentos e claro, de informação. O mundo tão grande, ficou pequeno. Não há limites! Não há distância!
Não há distância?
Não, não há distancia destas medidas em kilometros, de repente, pessoas em Nova York, Tókio, São Paulo ou Rio de Janeiro conversam entre si como se estivessem lado a lado. Mas a distância entre as pessoas aumentaram. A distância entre os sentimentos. Cada dia mais os relacionamentos pessoais se transformaram em relacionamentos virtuais.
As conversas entre as pessoas, seja amigos ou familiares, se resumem a cliques, a toques nos teclados.
Quantas vezes vemos pessoas que nos barzinhos, lanchonetes e até mesmo sentados nas calçadas de suas casas ou de amigos, ao invés de conversarem entre si, ficam conversando com seus amigos virtuais através dos seus smarthphones. Quantas vezes, seja no almoço ou jantar, famílias inteiras trocam o bate papo sobre o dia a dia, por conversas, compartilhamentos ou curtidas nos “facebooks” da vida.
E o que é pior; com os celulares cada vez mais modernos e com suas câmeras cada vez melhores (sem contar com a rapidez da internet), a busca por imagens exclusivas em locais exclusivos, mudou ainda mais o comportamento humano. Levando uma grande maioria a colocar suas vidas em risco. Tudo por uma boa imagem. “Meus amigos morrerão de inveja!” – é o pensamento de muitos. Isto sem contar o desrespeito, que muitos tem pela a vida alheia. Pelo ser humano. Em busca destas imagens as pessoas estão fazendo de tudo, inclusive perdendo suas vidas.
Quantas vezes nós somos surpreendidos por imagens fortes de acidentes ou situações vexatórias vividas por terceiros? Quantas vezes nós somos surpreendidos por vídeos grotescos de situações terríveis, que certas pessoas fazem questões de filmar e, o que é pior, compartilhar?
E onde fica a dignidade humana? Como fica os sentimentos que tais vídeos ou imagens hão de provocar? E as pessoas envolvidas, como ficam? Como ficam os seus familiares, seus amigos? Onde esta a complacência? Onde esta a consideração, o respeito pela vida e sentimentos alheios? Onde está o amor ao próximo?
Trocou-se o mundo real pelo mundo virtual. Um mundo onde “tudo pode”. Onde as pessoas se tornam mais fortes, mais decididas. Um mundo onde na maioria das vezes elas se tornam os heróis, mesmo sendo os vilões. Um mundo onde as pessoas são o que querem nunca o que são. Um mundo permeado por personagens em busca de aceitação, em busca de cliques e curtidas (sendo capazes de tudo para isso) e nada mais.
Muitas perguntas permeiam a existência da humanidade. Mas nenhuma faz tanto sentido hoje em dia como esta:
Afinal, em que estamos nos transformando?


 Marc Souza

O ano que vem tem eleições municipais e eu estou disposto...


Minha crônica publicada no Jornal Interativo de Dracena hoje, infelizmente, por problemas técnicos no jornal a mesma fora cortada, mas vocês a tem na integra por aqui.
Boa leitura!

O ano que vem tem eleições municipais e eu estou disposto...


No paraíso Itamarati não comeram a maçã, roubaram a árvore.

... Por isso a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) esta disposta a pagar 240 mil reais em plantas ornamentais (Crise? Corte de gastos? Há! Há! Há! Os diretores da ANAC devem estar com a cabeça nas nuvens.). Mas pensando bem... Paraíso que se preze tem que ter árvores, muitas árvores...

Falando em Paraísos... A cidade de Bom Jardim no Maranhão é um verdadeiro paraíso para a prefeita, conhecida por, pasmem, Leide Day (Há! Há! Há!). Leide Day fazendo jus ao nome chegou a gastar 40 mil reais em um só dia e em uma só butique da capital do estado. Oh, beleza! Isto sim é que é viver bem! Isto sim é que é um paraíso!... Já no interior do Rio de Janeiro, em Itaguaí, o prefeito passeava de Ferrari (avaliada em 1,7 milhão de reais), Porsche Panamera, Mercedes AMG, BMW X6, e, para viagens mais longas, ele utilizava um helicóptero. (Esse sim é o paraíso que eu pedi para Deus! Já estou pensando em me mudar). Depois falam em crise.

E a presidente quer a CPMF de volta. Mas agora o imposto terá nome diferente. O novo nome será: Contribuição Para Mais Falcatruas. Adorei este nome.

Um dos critérios para ser presidente é ser cego e surdo. Afinal presidentes nunca vêem nada, nunca sabem de nada. A nossa presidente é um exemplo disso (aprendeu com o painho), ela, mesmo sendo presidente do Conselho Administrativo da Petrobrás (saiu para candidatar-se à presidência da república), não percebeu que a estatal comprara dois navios sonda que custaram cerca de 1,2 bilhão de reais, de maneira irregular. Parece piada de marido traído.

Sabe de uma coisa; Geraldo Magela para presidente, pelo menos quando ele disser que não viu nada, eu vou acreditar.

Ainda falando em paraíso... No paraíso Itamarati, tem animais também... (Você que decide que animais eles são). Lá, se já não bastassem os “eleitos” legislarem em proveito próprio eles conseguem a cada dia, nos surpreender com suas propostas de lei, (esdrúxulas) por exemplo: O deputado federal Heráclito Fortes PSB/PI, quer que os ventos se tornem patrimônio da união, assim, o estado poderá receber royalites sobre a geração de energia eólica. (Ele fica dando idéia, daqui a pouco a presidente vai querer taxar o ar que respiramos)... Já o também deputado federal Silvio Costa PSC/PE quer que os ciclistas emplaquem suas bicicletas e, assim, pagar a taxa de licenciamento. (Melhor nem dizer nada, né? A única saída que temos agora é chorar.) Estes são ou não são uns belos de uns anim...???

O ano que vem tem eleições municipais e eu estou disposto a colocar o meu candidato para trabalhar... Não vou mais votar nele... Que procure um emprego decente e vá trabalhar.

No campeonato brasileiro a ponte caiu... A ponte caiu sobre o peixe e babau; 3 a 1. Os santistas saíram de Campinas e foram parar em Belo Horizonte.

Acostumado a fingir contusões no Palmeiras para não jogar (o que sempre deu certo), Valdívia inovou no Emirados Árabes, como seus fingimentos não “colaram” junto à diretoria do clube Al Wahda, o meia chileno fez um sinal obsceno  no jogo contra o Al Shabab e ganhou duas partidas de folga, quero dizer, suspensão. (esta só foi a segunda rodada do campeonato) O chileno deve estar morrendo de saudades do verdão, onde ele recebia, mas, jogar que é bom... Nada...

Na cidade milagre...
Depois das chuvas da semana passada, tem ruas na cidade que não dá para saber, se era uma rua asfaltada com buracos e terra, ou se era rua de terra com restos de asfalto.

Ainda falando em buracos... os buracos nas ruas diminuíram... a quantidade, mas o tamanho...

Fui!!! Vou pra casa antes que a chuva chegue...  Vai que eu atolo no afasto! Será que vai chover? Eu não sei, não, não.


Marc Souza

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Emicida: "Pior coisa é você perguntar as horas e a pessoa esconder a bolsa"

Leandro Roque de Oliveira era chamado de "macaco" pelos colegas de escola. Não raro, o seu cabelo crespo era alvo de chacota. Dava raiva, mas ele não sabia como responder --então, dava socos. Até se cansar de brigar e abandonar a escola na terceira série. Os anos passaram, e Leandro virou Emicida. E, agora, tem na ponta do lápis a resposta para os comentários que ouvia na escola --e que ainda são frequentes. O "matador de MCs" --origem do apelido Emicida-- usa o rap para "matar" aos poucos o racismo que ele mesmo ainda sente na pele "toda vez que vai pegar um táxi".
"Em geral, as pessoas não conseguem entender o que é. A pior coisa do mundo é alguém ter medo de você, e você não representa ameaça nenhuma para essa pessoa. Você chegar para perguntar que horas são, e a pessoa esconder a bolsa", disse o rapper em entrevista à BBC Brasil. "Para mim, o racismo é o tema mais urgente hoje no Brasil", opinou.
Nascido em um bairro pobre da zona norte de São Paulo, o rapper conta que cresceu "zombando da morte" em um ambiente onde ser abordado --e até agredido-- pela polícia era coisa corriqueira. "Era tão normal, que a gente falava disso e ria depois", diz. "Salvo pelo hip-hop e pela leitura", segundo ele próprio, o rapper não quis se distanciar da realidade que canta em sua música e hoje mantém a sua gravadora independente --Laboratório Fantasma-- em Santana, perto da "quebrada" onde nasceu.
Agora que acumula milhões de visualizações em clipes no YouTube e faz shows até na Europa, Emicida se sente na obrigação de falar sobre racismo. "Todo mundo está acostumado, na realidade brasileira, a ver os pretos numa prisão perpétua atrás de uma vassoura", afirma.
No novo álbum, "Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa", Emicida é veemente nas críticas ao racismo, especialmente na música "Boa Esperança", que teve um polêmico clipe mostrando uma rebelião de empregados domésticos contra patrões em uma mansão. O disco também mergulha na cultura africana, que Emicida foi conhecer de perto na viagem ao continente e que lhe serviu de inspiração.
No papo com a BBC Brasil, o rapper falou sobre racismo, política, redução da maioridade penal e a chacina que deixou 18 mortos na periferia de São Paulo no mês passado, entre outros temas.
Pergunta - Você cresceu na periferia em um ambiente violento. Como isso influenciou a sua vida e o seu trabalho?
Emicida - Eu nasci num bairro chamado Jardim Fontalis (zona norte paulistana), bem pobrinho. Meu pai morreu quando eu tinha 6 anos, minha mãe se viu obrigada a criar a gente sozinha, eu mais três irmãos. Hoje é um bairro que tem bastante gente, asfalto recente se for ver, lojas, casas, mas quando cresci não tinha nada. Cresci ali, como eu falo na música, zombando da morte, andando no meio do fio da navalha. Só que acho que o que salvou a minha vida foram duas coisas, o hip hop e a leitura, as histórias em quadrinhos. A leitura começou a abrir um outro universo para mim. Aquilo começou a ocupar meu tempo de uma maneira tão grande, que eu comecei a me afastar dos "bagulho ruim" que tinha em volta.
Você já disse que era comum para você ver violência ao seu redor e que era comum ver corpos com sangue nas ruas. Como foi viver isso na infância?
Acho que quando você nasce num bairro violento, a pior coisa que aquele ambiente faz para você é destruir a sua humanidade. E isso é uma coisa que é incomensurável, não tem como você quantificar o quanto de compaixão aquela pessoa perdeu por estar em um ambiente muito agressivo. A gente está falando de uma vida num barraco onde, do lado, o cara batia na mulher dele e você ouvia tudo aquilo com 4 anos de idade. De repente você desce a escada e tem uma poça de sangue no corredor e você fica, tipo, mano...
http://musica.uol.com.br/noticias/bbc/2015/09/01/emicida-pior-coisa-e-voce-perguntar-as-horas-e-a-pessoa-esconder-a-bolsa.htm