sexta-feira, 13 de setembro de 2013

DIA A DIA DE ALGUÉM QUE QUASE NINGUÉM VÊ

           
Ele estava sentado ali há horas. Fora o primeiro a chegar, por isso, apesar de várias pessoas estarem no local, ninguém ficava à sua frente. Estavam organizados em fila, em uma fila imaginária. Onde cada um respeitava o outro.
            De repente do outro lado da rua uma porta se abriu e aos poucos várias caixas foram sendo colocadas para fora do local. Logo depois as portas foram fechadas, então, as pessoas que esperavam do outro lado da rua foram se aproximando, com ele à frente.
            Nas caixas, restos de frutas, verduras e legumes. Devagar, um a um foram pegando um pouco de cada coisa, o suficiente para si, sem briga, sem discussões, sem excessos. Cada um pegava um pouco e se ia. Sem sequer olharem para trás. Em poucos minutos as caixas já estavam todas vazias.
            Chegando em casa, separou e lavou o que trouxera.
            Os legumes e as verduras foram acondicionados na velha geladeira, quanto às frutas foram colocadas em uma fruteira improvisada sobre a mesa.
            Fez um delicioso suco colocando-o sobre a mesa.
            Olhando as frutas sobre a mesa e a jarra de suco, sorri, satisfeito, pois, fez o melhor.
            Seu filho chega da escola, olhando a mesa posta, corre e abraça o pai.
            - Que mesa linda! – beija seu rosto – Te amo!
            Ao ouvir isso o pai se emociona e uma lagrima escorre pelo seu rosto surrado, cansado.
            - Você é o melhor pai do mundo.
            Felizes, pai e filho põem-se a comerem.

Marc Souza

2 comentários:

  1. Ó, meu Deus, que coisa mais linda, emocionante! Parabéns, Marc Souza, te convido a curtir e seguir meu blog de poesias, http://crislebre.blogspot.com
    Já sou sua seguidora, Deus o abençoe, saudações poéticas!

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  2. Lindo, Marc... Lindo

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