terça-feira, 15 de outubro de 2013

O INÍCIO (TUDO COMEÇOU ASSIM) OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS!?

  
-           Com licença, sr. Presidente! Posso entrar?
-           Adiantaria dizer não? Você já entrou.
-           Desculpe...Aqui estão os relatórios que o senhor me pediu.
-           Obrigado! Boas ou más notícias?
-           Infelizmente, senhor as notícias não são muito boas não, os nossos índices econômicos estão caindo desde a sua posse, segundo especialistas estamos a beira de um colapso econômico, e...
-           E?
      Silêncio.
-           E?- grita
-        Nossos colaboradores estão começando a reclamar, há boatos até de deixarem de nos apoiar e apoiarem o outro candidato nas próximas eleições.
-           Mais isso não pode ser possível, precisamos muito do apoio deles para a próxima eleição.
-           Bem senhor, mesmo com o apoio deles acho que será muito difícil a reeleição
-           Porque você está me dizendo isso? O que realmente está acontecendo?
-          Um repórter descobriu as fraudes que fizemos nos últimos relatórios sobre o crescimento da nossa economia e vai divulga-las em uma revista de circulação nacional. Dizem que é em uma revista de grande porte.
-           Como dizem?
-           É que não sabemos qual revista será publicada, só há boatos.
-           É uma fraude...Ele está é querendo dinheiro.
-        Temos cópias da matéria, já oferecemos uma grande quantia em dinheiro para ele e ele recusou, mandou avisar que nada compra o seu caráter e que vai acabar conosco.
-     Faça uma devassa na vida dele, descubra tudo, se já usou drogas, se já teve  experiência  homossexual, descubra todas as pessoas com quem já transou,se trai  sua esposa. Descubra tudo, vamos desacredita-lo, acabar com a vida dele.
-           Desculpe senhor, mas já fizemos isso, e, o cara é limpo. Cem porcento honesto.
-           Faça alguma coisa, não sei o quê, mas faça, é para isso que eu te pago não é mesmo.
-           É...Senhor sabe a área de livre comércio que idealizamos?
-       É claro. Dará um grande impulso para a nossa economia, ganharemos muito dinheiro com a sua criação.
-           As negociações estão emperradas.
-        O que? Hoje você está de brincadeira, você sabia que se estivéssemos na idade média você já estaria morto? É muita notícia ruim para um dia só. Vamos, diga o que está acontecendo desta vez.
-      Sabe aquele país medíocre localizado ao sul do nosso continente? Está alegando que só nós ganharemos com a criação da área comercial e não quer assinar os contratos, principalmente depois que aumentamos as taxas de importação do suco de laranja e do aço.
-         Também eles querem o quê? Eu tenho que defender o que é meu e não o que é dos outros.
-         Infelizmente para nós eles estão defendendo o que é deles, e, sem a aprovação da área vai ser quase impossível melhorar nossa situação econômica.
-       Agora quem que vai ter que tirar-nos dessa enrascada serei eu. Acho que vou ter que te demitir. Acho não tenho certeza.
-       O senhor tem alguma idéia?
-       Quem tem que ter idéias aqui é você, não é verdade? Mas vou quebrar o seu galho, tenho uma ótima idéia.
-         Graças a Deus! E qual é?
-         Vamos fazer uma guerra.
-         O quê? Uma guerra? Sinto dizer senhor mas uma guerra não é...
-        Uma guerra sim- grita – Porque não? O que é mais importante que uma guerra para preencher todo o noticiário e desviar a atenção de todos. Com a guerra, mesmo que esse repórtezinho de merda consiga publicar sua matéria, o povo não vai nem prestar atenção nela pois terá coisas mais importantes para se preocupar.
-       Uma guerra, contra quem? Contra o quê? Não podemos gastar mais em busca daquele terrorista.Aliás não temos dinheiro para fazer guerra alguma.
-     Vamos fazer uma guerra lucrativa, muito lucrativa. Nós vamos invadir um desses países grandes produtores de petróleo do oriente, a gente tira o presidente deles e coloca pessoas boas no seu lugar, boas para nós é claro, assim teremos o petróleo em nossas mãos, teremos o ouro negro meu amigo e é claro o poder.
-         Senhor, para uma guerra teremos que obter um aval da ONU, como conseguiremos?
-        Fácil. Faremos uma guerra contra o mal, em favor da justiça. Não podemos deixar uma pessoa insana governar um país produzindo morte e miséria entre seus habitantes. Nós não podemos deixar um país produzir mísseis nucleares de longo alcance, nem armas químicas e biológicas que podem por em risco a população mundial. Temos que zelar pela paz mundial, afinal, somos os guardiães da justiça, não é verdade?.
-           É.
-          Forjaremos provas contra eles e a ONU nos dará o aval para atacar. Não é uma boa idéia? Em uma única e rápida ação teremos tudo em nossas mãos. Quem se preocupará com aquela matéria idiota com uma guerra em andamento? Depois da nossa vitória teremos o controle do petróleo e todos os países do mundo aos nossos pés, inclusive esse país ao sul do nosso continente que acha que é grande e pode atrapalhar os nossos planos, todos ficarão impressionados com o nosso poder bélico. Teremos tudo o que quisermos, absolutamente tudo.
-           E a opinião pública? O que faremos para...
-        A principio não nos apoiará, mas depois de terminada a guerra, nos tratarão como heróis. Afinal livraremos o mundo do mal. Nosso país será o grande defensor da paz e da justiça. Bonito, não? Entraremos para a história.
-           E as vidas que se perderão?
-           Bem amigo, os fins justificam os meios ,não é verdade.

Marc Souza


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