Foi um homem simples. Quando criança
todo final de tarde ao chegar do trabalho ele se sentava em sua cadeira de
balanço. Não demonstrava cansaço, ou mau-humor. Naquele momento se sentia um
rei. E era um rei. O rei de sua casa, do seu lar. Do lar que construiu com amor.
Naquele momento contava suas histórias. Muitas histórias. Algumas ele jurava
serem verdadeiras, outras, nada dizia, deixava que nós decidíssemos a
veracidade delas.
Após o jantar, ele se sentava na
varanda e ligava seu velho rádio de pilha. Ficava horas a ouvi-lo e dando-nos
conselhos, a mim e meus irmãos, sobre a vida. Queria que nos tornássemos
grandes homens. Não no sentindo financeiro da palavra, mas, grandes homens em
caráter, em determinação. Grandes, como ele.
Ele nunca teve dinheiro, mas se
considerava uma pessoa rica. Privilegiada por Deus, pois, sempre teve tudo o que
necessitava. Uma bela família, filhos e esposa e amigos, muitos amigos,
verdadeiros amigos.
Ele vivia sorrindo, mesmo nos
momento difíceis. Mesmo nas adversidades que a vida lhe impunha. Com sua
maneira simples de viver, nos ensinou o valor da amizade.
Da sinceridade.
Da humildade.
Da simplicidade.
Da honestidade.
Da lealdade.
Da solidariedade.
Da generosidade.
Da felicidade.
Do seu jeito simples, nos mostrou o
caminho do bem.
Mostrou-nos, o caminho do amor.
No alto da sua sabedoria ele sempre
nos dizia: “Não importa o que temos e sim o que somos”.
Foi um sábio. Um herói. Um vencedor.
Meu exemplo de pessoa,
Meu exemplo de pai.
Marc Souza
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