Era linda.
Lembro-me muito bem, como se fosse hoje, afinal, como poderia me
esquecer, foi amor à primeira vista.
Naquele fatídico dia, me apaixonei.
Loucamente.
Perdidamente.
Era um domingo à tarde.
Eu tinha, apenas, dezesseis anos.
De manhã eu não havia feito nada, de
tarde resolvi sair, dar uma volta pela cidade. Então,
ao sair da minha casa, tive um choque. Naquele momento a vi pela primeira vez,
maravilhosa.
Foi um momento mágico.
Não consigo descrever em palavras o
que senti.
Só sei que foi bom.
De repente, como em um passe de mágica descobri o amor.
De repente, fui acometido por um
desejo louco de tê-la em meus braços, um desejo incontrolável de tê-la comigo
para sempre. De tê-la comigo por toda a minha vida.
Esse desejo foi muito mais forte do que
eu. Tentei, mas, não consegui me controlar, não consegui me conter. Então, em
um momento de infinita coragem e súbita ousadia, fui até ela, e, segurando-a
fortemente, sentei-me em seu banco, agarrei-me em seu guidom e saí para passear
pela cidade, muitíssimo feliz, pela bicicleta que eu acabara de ganhar.
Muito bonito, Marc!
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