quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CIÚME CEGO, CEGO CIÚME


O ciúme de Aline era doentio, não deixava Olavo em paz um minuto sequer. Ligava para ele duas, três vezes ao dia, seja no trabalho ou em casa o telefone não parava de tocar. Ele já havia até sido advertido no trabalho por causa das ligações de Aline. Ligações estas sempre inconvenientes.
Mas, Olavo a amava. E como a amava.
Seus amigos e familiares eram contra seu namoro com Aline, por isso, pediam insistentemente para que ele terminasse o namoro com ela. Mas ele contrariava a todos. Olavo era perdidamente apaixonado por ela. Vivia por ela, e, para ela.
Depois de alguns meses de namoro resolveram noivar. Olavo era todo felicidade, pois iria se casar com a mulher amada. Àquela que ele escolhera para ser a mãe de seus filhos. Que ele escolhera para viver até o fim de sua vida.
 Aline sabia que os amigos de Olavo não a suportavam, por isso, fazia de tudo para afastá-los. Sabendo que a família de Olavo, também não gostava dela, ela, não fazia questão de conhecê-los. Bem, na verdade ela não conhecia nenhum familiar dele. Dizia que não era preciso, pois, se casaria com Olavo não com a família dele.
Além disso, Aline era ciumenta. Tinha um ciúme doentio de Olavo. Não foram poucas, as vezes que causara constrangimento para ele, ou para outras pessoas por causa do seu ciúme. Ela tinha ciúme de tudo e de todos, inclusive, dizia não suportar, algum dia ver a mãe dele ou sua irmã trocar carinhos com ele.
Todos diziam que Aline era doente, no entanto, Olavo não entendia assim, dizia que era amor que ela sentia por ele, um grande amor.
Dito isso pensaram até em interná-lo o que é claro, não foi feito.
Com a proximidade do casamento, Olavo se empolgava enquanto sua família se desesperava e muito, mas, felizmente ou infelizmente, não havia mais nada a fazer, eles o amavam e ele estava feliz, então, por que acabar com tamanha felicidade?
Faltando alguns detalhes para a festa de casamento, o casal saiu para realizarem algumas compras em um shopping.
No local, Aline vigiava todos os passos de Olavo, ele não podia olhar para o lado que ela já estava o censurando, principalmente quando ele conversava ou olhava com pessoas do sexo oposto.
Mas, ele era esperto, e conhecendo-a tomava todas as precauções, para não ser mal interpretado e dar inicio há um verdadeiro barraco.
Ao passarem em frente de uma loja, Aline vai entrando, mas Olavo a puxa pelo braço e, para evitar sua entrada a beija.
Um beijo apaixonado.
Mas ela, desconfiada por si só, pergunta:
- O que está acontecendo?
- Nada! Por quê?
- Não se faça de idiota.
- Como assim? Não estou te entendendo.
- Você – diz alterada – Você acha que sou besta, rapaz?
-...
- Por que você não quer entrar nesta loja?
- O quê? Você esta dizendo que eu não quero entrar nesta loja?
- Não estou dizendo, estou afirmando!
- Você esta equivocada!
- Você é que acha que eu sou tonta.
- De forma alguma. Você quer entrar nesta loja. Então vamos entrar.
- É claro que vamos – diz ela de forma imperativa.
Entraram.
De repente uma bela mulher vem em direção aos dois ela abraça e beija Olavo.
- Olavinho, que bom te ver!
Aline, sem pestanejar desfere um soco no rosto da moça que perde o equilíbrio e antes de cair Aline já esta sobre ela agredindo-a, com arranhões e puxões de cabelo.
Olavo separa a briga, aliás, separa a agressão de Aline contra a moça.
- Eu vou te matar, sua... Sua vagabunda... E depois eu mato você seu sem vergonha safado... Me solta... Vamos me solta se você for homem... Ordinária...
-Pára... Pára... – grita Olavo – Seu ciúme doentio agora foi longe demais.
- Me solta que eu vou matar essa vadia...
- Pára, já disse! Cala a boca!
- Eu...
- Se você não fosse tão egoísta... Se você conhecesse minha família... – ela começa a chorar – Saberia que esta é minha irmã.
O choro toma conta de todos. Elas se abraçam, todos se abraçam.
Tudo resolvido, dias depois, eles se casaram.
Um belíssimo casamento.
Dias depois houve uma outra confusão que pos fim ao casamento.
Ao voltar mais cedo do trabalho Alice encontrou Olavo transando com sua “irmã” no sofá da sala, nesse momento nada fez. Não gritou. Não agrediu Somente se foi, afinal, o “incesto” que ele estava cometendo, para ela, já era um bom castigo.

Marc Souza

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