O ciúme de Aline
era doentio, não deixava Olavo em paz um minuto sequer. Ligava para ele duas,
três vezes ao dia, seja no trabalho ou em casa o telefone não parava de tocar.
Ele já havia até sido advertido no trabalho por causa das ligações de Aline.
Ligações estas sempre inconvenientes.
Mas, Olavo a amava.
E como a amava.
Seus amigos e
familiares eram contra seu namoro com Aline, por isso, pediam insistentemente para
que ele terminasse o namoro com ela. Mas ele contrariava a todos. Olavo era
perdidamente apaixonado por ela. Vivia por ela, e, para ela.
Depois de alguns
meses de namoro resolveram noivar. Olavo era todo felicidade, pois iria se casar
com a mulher amada. Àquela que ele escolhera para ser a mãe de seus filhos. Que
ele escolhera para viver até o fim de sua vida.
Aline sabia que os amigos de Olavo não a
suportavam, por isso, fazia de tudo para afastá-los. Sabendo que a família de
Olavo, também não gostava dela, ela, não fazia questão de conhecê-los. Bem, na
verdade ela não conhecia nenhum familiar dele. Dizia que não era preciso, pois,
se casaria com Olavo não com a família dele.
Além disso, Aline
era ciumenta. Tinha um ciúme doentio de Olavo. Não foram poucas, as vezes que
causara constrangimento para ele, ou para outras pessoas por causa do seu
ciúme. Ela tinha ciúme de tudo e de todos, inclusive, dizia não suportar, algum
dia ver a mãe dele ou sua irmã trocar carinhos com ele.
Todos diziam que
Aline era doente, no entanto, Olavo não entendia assim, dizia que era amor que
ela sentia por ele, um grande amor.
Dito isso pensaram
até em interná-lo o que é claro, não foi feito.
Com a proximidade
do casamento, Olavo se empolgava enquanto sua família se desesperava e muito,
mas, felizmente ou infelizmente, não havia mais nada a fazer, eles o amavam e
ele estava feliz, então, por que acabar com tamanha felicidade?
Faltando alguns
detalhes para a festa de casamento, o casal saiu para realizarem algumas
compras em um shopping.
No local, Aline
vigiava todos os passos de Olavo, ele não podia olhar para o lado que ela já
estava o censurando, principalmente quando ele conversava ou olhava com pessoas
do sexo oposto.
Mas, ele era
esperto, e conhecendo-a tomava todas as precauções, para não ser mal
interpretado e dar inicio há um verdadeiro barraco.
Ao passarem em
frente de uma loja, Aline vai entrando, mas Olavo a puxa pelo braço e, para
evitar sua entrada a beija.
Um beijo
apaixonado.
Mas ela,
desconfiada por si só, pergunta:
- O que está
acontecendo?
- Nada! Por quê?
- Não se faça de
idiota.
- Como assim? Não
estou te entendendo.
- Você – diz
alterada – Você acha que sou besta, rapaz?
-...
- Por que você não
quer entrar nesta loja?
- O quê? Você esta
dizendo que eu não quero entrar nesta loja?
- Não estou
dizendo, estou afirmando!
- Você esta
equivocada!
- Você é que acha
que eu sou tonta.
- De forma alguma.
Você quer entrar nesta loja. Então vamos entrar.
- É claro que vamos
– diz ela de forma imperativa.
Entraram.
De repente uma bela
mulher vem em direção aos dois ela abraça e beija Olavo.
- Olavinho, que bom
te ver!
Aline, sem
pestanejar desfere um soco no rosto da moça que perde o equilíbrio e antes de
cair Aline já esta sobre ela agredindo-a, com arranhões e puxões de cabelo.
Olavo separa a
briga, aliás, separa a agressão de Aline contra a moça.
- Eu vou te matar,
sua... Sua vagabunda... E depois eu mato você seu sem vergonha safado... Me
solta... Vamos me solta se você for homem... Ordinária...
-Pára... Pára... –
grita Olavo – Seu ciúme doentio agora foi longe demais.
- Me solta que eu
vou matar essa vadia...
- Pára, já disse!
Cala a boca!
- Eu...
- Se você não fosse
tão egoísta... Se você conhecesse minha família... – ela começa a chorar –
Saberia que esta é minha irmã.
O choro toma conta
de todos. Elas se abraçam, todos se abraçam.
Tudo resolvido,
dias depois, eles se casaram.
Um belíssimo
casamento.
Dias depois houve
uma outra confusão que pos fim ao casamento.
Ao voltar mais cedo
do trabalho Alice encontrou Olavo transando com sua “irmã” no sofá da sala,
nesse momento nada fez. Não gritou. Não agrediu Somente se foi, afinal, o
“incesto” que ele estava cometendo, para ela, já era um bom castigo.
Marc Souza
Tem doido para tudo...
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